Vice-prefeito do Rio diz que, 'por enquanto', tarifa de ônibus não sobe

Mc Dowell quer aumentar a capacidade de operação do Metrô e ainda estuda a inclusão do metrô ao Bilhete Único Carioca.

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Diego Pereira (BB)
Circular Carioca, em Rio de Janeiro

Foto: r7.com

O atual prefeito Marcelo Crivella iniciou sua gestão com sete decretos na área de transportes. Entre eles, está a suspensão do processo de racionalização das linhas de ônibus, o cancelamento do pedágio da Linha Amarela para motociclistas e a inclusão do metrô no Bilhete Único Carioca até o fim de 2018. Em entrevista nesta segunda-feira (2), o vice-prefeito e secretário de Transportes, Fernando Mac Dowell, disse que "por enquanto" não está previsto reajuste nas tarifas de ônibus.

“Não. Ainda não vai haver, não. É porque acontece o seguinte: se você der o aumento, eles vão reclamar que caiu mais ainda a quantidade de pessoas transportadas, que vai precisar de outro aumento. Não é assim que as coisas têm que ser colocadas. A gente tem que realmente trabalhar e proteger a população”, disse o vice-prefeito, observando que ainda há ônibus sem ar-condicionado e que ninguém reduziu o custo da passagem com a implantação do BRT que reduz o custo operacional das linhas em 31%.

Mac Dowell disse que há uma sobra de caixa no setor de transportes e que é preciso conversar com as empresas sobre o aumento das passagens. Ele disse que vai se reunir com os empresários para encontrar soluções técnicas e que não prejudiquem a população. E enfatizou que no momento não haverá aumento de tarifa

“Por enquanto, não”, disse o vice-prefeito.

O vice-prefeito disse que a inclusão do metrô no Bilhete Único Carioca tem de ser estudada porque o passageiro acaba pagando muito caro quando pega ônibus e metrô. Ele acredita que com um estudo mais detalhado sobre o caso pode resolver essa questão.

O secretário disse que vai rever o plano de racionalização das linhas de ônibus, que entre o final de 2015 e o início de 2016 confundiram tantos passageiros.

“As pessoas em primeiro lugar vão ter que ser respeitadas. Segundo, você está racionalizando vai precisar de uma frota menor, mas a tarifa sempre está lá quietinha. Então, estas coisas todas nós vamos mudar e tem que ser mudada porque a população não pode ficar pagando o que está pagando.

Ele disse que a prioridade do prefeito Marcelo Crivella é melhorar os transportes para a população. E para isso, pretende fazer o metrô funcionar melhor. Segundo ele, atualmente o metrô opera 86% abaixo de sua capacidade e acaba criando um gargalo com outros modais.

“Isso cria um problema para a prefeitura muito grande. Você está com 86% a menos. Então, não está dando vazão lá na Supervia, não dá vazão em várias estações, não dá vazão na própria Barra. A gente precisa sentar, resolver tecnicamente os problemas, sem nenhuma preocupação de agradar ninguém. Nós estamos fazendo também aquela parte de sistema aquaviário para integrar com o metrô na Barra da Tijuca, para melhorar o tráfego lá. Estamos examinando o problema de toda parte do sistema de sinalização semafórica. Vamos fazer uma coisa mais inteligente, porque quando enguiça um carro, enguiça. Você não tem nada mais além do enguiço. Então, tem que ter uma técnica para resolver todos estes problemas matematicamente. A prioridade é melhorar para os transportes para a população. Só isso”, disse o vice-prefeito e secretário.

A Rioônibus declarou que lamenta que o primeiro ato da nova Secretaria de Transportes não respeite o contrato de concessão assinado em 2010. A Rioônibus diz ainda que, mesmo não concordando com a decisão de Mac Dowell de não subir a tarifa, está aberta ao diálogo, mas que vai tomar as medidas cabíveis para garantir o cumprimento do contrato de concessão.

O Metrô Rio também disse que está aberto ao diálogo com a prefeitura. E que o objetivo é melhorar o atendimento ao público, cumprindo o contrato de concessão.

Texto por: G1 Rio - publicado em 02/01/2017 às 13h05 

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